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Artista independente faz dos ônibus o seu palco


Todos os dias, Arlon se dispõe a cantar e tocar para os passageiros e, ao mesmo tempo, seguir o seu sonho de viver da música

Arlon Santos, 29 anos, é músico e ganha a vida dentro do transporte coletivo de Brasília. Ele passa, em média, de cinco a seis horas por dia cantando e tocando violão dentro dos ônibus da cidade, e o dinheiro arrecadado com isso é investido na gravação de seu CD.


Viver de música sempre foi o objetivo de Arlon, que diz não se encaixar em outra profissão que não seja esta. Porém, conta que, por muitas vezes, se sentiu frustrado e teve de buscar outras fontes de renda, como empacotador de mercado, jardineiro, engraxate e vigia de carros, mas sempre acreditando na música e investindo nela.


O projeto de cantar nos ônibus começou em parceria com um amigo, inicialmente chamado de “musicocada”, onde Arlon cantava e o parceiro vendia cocada aos passageiros. Atualmente, o trabalho que faz dentro dos transportes é a fonte de renda que o ajuda a financiar o sonho de seguir a carreira.


Ao ser questionado sobre as principais dificuldades que enfrenta diariamente em seu trabalho, ele aponta duas: entrar nos ônibus sem pagar a passagem, porque os motoristas alegam serem proibidos de dar carona, e conseguir a atenção das pessoas, que muitas vezes não estão interessadas em ouvir. Apesar disso, ele acredita fazer diferença, com o seu trabalho, na vida dos que o ouvem.


A respeito do interesse em buscar algum projeto que apoiasse artistas independentes, ele afirma não ter, com a justificativa de ser muito burocrático. O assessor de imprensa da Secretaria de Cultura do DF, Guilherme Lobão, confirma que não há, por parte da Secretaria, nenhum projeto voltado para estes artistas. Porém, existe uma quantia liberada pelo governo para financiar projetos de cunho cultural, o chamado FAC (Fundo de Apoio à Cultura).


Arlon é o retrato de diversos artistas espalhados pelas ruas de Brasília, que buscam um espaço para mostrar seus projetos e contribuir para a cultura da capital, contando com todos que acreditam em seus trabalhos e colaboram, de alguma forma, fazendo-os crescer pessoal e profissionalmente.



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